VIGÍLIA
Tocar-te. E às sombras do som
de meus dedos em teu corpo
permanecer.
Tocar-te inteiro. Tuas mãos
frias no inverno, teus cabelos
adornados de silêncios,
e até teu espelho.
SILÊNCIOS
O que tua distância impõe
à minha mais doce ternura
são os silêncios da infância
Silêncios enormes e escuros
da menina olhando o mundo
pelas tranças do cabelo.
Silêncios tristes, sucessivos,
saindo, vindo em desterro
ao mais antigo desejo.
Silêncios perversos, envoltos
nessa dor que só os mortos
silenciam, em segredo.
Tocar-te. E às sombras do som
de meus dedos em teu corpo
permanecer.
Tocar-te inteiro. Tuas mãos
frias no inverno, teus cabelos
adornados de silêncios,
e até teu espelho.
SILÊNCIOS
O que tua distância impõe
à minha mais doce ternura
são os silêncios da infância
Silêncios enormes e escuros
da menina olhando o mundo
pelas tranças do cabelo.
Silêncios tristes, sucessivos,
saindo, vindo em desterro
ao mais antigo desejo.
Silêncios perversos, envoltos
nessa dor que só os mortos
silenciam, em segredo.
ÂNGELA VILMA é professora e poeta, nascida em Andaraí exatamente hoje. Na assertiva de Victor Vhil, a poesia de Ângela é "a parte humana de deus". De acordo. Poemas respectivamente extraídos da coletânea Tanta Poesia (2006).
2 comentários:
Obrigada, Thiago, obrigada meninos do EntreAspas. Fico comovida com a homenagem. Um abraço a todos. Ângela.
Adorei as poesias que vocês escolhem para mostrar aqui! Voltarei mais vezes.
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