Retrato
Mil velas apagadas
luzes
que não são mais que
Que cinza
e dores.
E somos os mesmos
(a sombra e a noite),
os mesmos desde ontem,
ainda que mudados –
pois estamos perdidos
por estes caminhos rudes.
E estamos com medo
E cegos.
E percebemos mil velas apagadas
como quem percebe um rio
quando não há rio
e ouve o som das águas
e, em silêncio
aguarda.
Aguarda .
Idmar Boaventura é poeta, mora em Conceição do Jacuípe. Mestre em Litaratura Brasileira pela UEFS. Tem publicado o livro "O desossar (d)as horas.
2 comentários:
Belo poema! Não conhecia seu autor. Tá vendo aí a utilidade deste belo blog? É também para isso!!!
Sucessso para o poeta e vida para o Blog!
Puxa, sinto falta de Thiago. Thi-a-go!!! Cadê 'ocê?????
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