Na casa do meu pai
tudo é exigido
Obediência súdita,
quase cega
Me ensinou a mastigar
e a cuspir
Me ensinou a capinar
e a colher
Me ensinou a calar
sem discurso
A vida soletrada
na ponta de um lápis
A casa do meu pai
é o único país que conheço
THIAGO LINS (1978) é natural de Fortaleza (CE). Co-editor do blog.
5 comentários:
Gostei do poema, Thiago. Parabéns.
Bonita ambiguidade, Thiago. O nome do pai � sempre um misto de chancela e maldi�o.
Muito bom, grande abraço Thiago.
os velhos são isso mesmo, bróder Thiagão: o que queremos e o que não queremos ser. e a gente herda deles um reino feito de quarto, sala e lembranças inacabadas. belo texto
Lindo, Thiago! Parabéns!
Abraços,
Renata
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