Não me faça ler este poema
cheio de frases secretas
e de tanta inteligência.
Não me obrigue a ler o verso
que algum filósofo sustenta
para me salvar da inércia.
Seja para mim mero poeta
de olhar o horizonte todo um dia
e me convidar a sentar ao cais.
E, então, faça do seu livro um barco,
do poema velas e mastros
e deixe-me soprar.
MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES é escritor, advogado e professor. Publicou PEQUENO INVENTÁRIO DAS AUSÊNCIAS (Fundação Jorge Amado/Brasken 2001). Participou das coletâneas CONCERTO LÍRICO A QUINZE VOZES (Aboio Livre, 2004), OUTROS POEMAS DE QUE FALEI (Banco Capital, 2004), e OUTRAS MORADAS (Banco Capital, 2007). Poema extraído da coletânea TANTA POESIA (Banco Capital, 2006).
4 comentários:
Gosto muito da poesia de Marcus Vinícius. E agora da prosa, que conheci no livro "Outras Moradas": belos contos!
Mais um belo poema de Marcus Vinícius. Parabéns!
Imagens de cais e mar sempre me encantam. Belo poema.
Abaixo toda a metafísica! Marvin, o poeta das sensações... e dos doces, hehehe!
Postar um comentário