1)Por que você escreve?
Comecei a escrever aos doze anos como uma imposição interior e natural. Algo parecido com beber água, comer, dormir. Posso passar um dia ou dois sem beber água, ou sem comer, ou sem dormir, ou sem escrever, porém mais tempo que isso não dá: não há sobrevivência imaginável. Então, tenho que escrever para continuar vivendo, um pouco como Sherazade que contava histórias para garantir a própria vida.
2)O que você gostaria de escrever e por quê?
A minha resposta pode parecer pretensiosa, mas vou assumi-la. Gostaria de escrever um poema perfeito. Que eu pudesse ler daqui a dez anos e continuar achando-o perfeito. Algo que falasse de amor e não tivesse um só laivo de pieguice; que falasse da morte e não fosse filosófico; que cantasse a vida com leveza, como cantam os poemas cecilianos; que fosse cotidiano e bem humorado como os poemas de Bandeira e Quintana... Enfim, um poema que tivesse a forma perfeita, e que pudesse tocar profundamente – e para sempre – a alma de quem o lesse.
Ângela Vilma(1967) é poeta, contista e professora. Nasceu em Andaraí-Ba. Aos 22 anos, publicou o seu primeiro livro de poesia, Beira-Vida, ainda morando em Andaraí. Seguindo com Poemas Escritos na Pedra (1994). Participou da coletânea Sete Faces (1996), juntamente com seis poetisas, amigas e colegas da Universidade. No período de 1997 a 1999, foi uma dos coordenadores das publicações literárias do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Feira de Santana. Também participou das coletâneas Concerto lírico a quinze vozes (2004) e Tanta Poesia (2006).
8 comentários:
Very interesting blog!
Kisses
Precisas e perfeitas respostas, Ângela. Gostei. Mas penso que você já tem poemas perfeitos... Abraço, Mayrant.
Obrigada, meninos, por tudo! Obrigada também a Mayrant, amigo sempre generoso. Abraços, Ângela.
Para mim, o teu poema "A tarde" é perfeito. Quero um bem enorme a tua poesia e a você. Meu beijo, meu carinho, Mônica
Tchanram! Agora eu sei quem é a adocicada Ângela. Tranqüila, bossa e doce até quando fala de si.
Um abraço.
Adoro os poemas de Ângela, grande poetisa e pessoa. Bjs,
Renata
Pelo pouco que conheço dos poemas de Ângela, já pude perceber que são de uma delicadeza incrível... sempre envolventes e tocantes ao extremo... Beijo.
Minha cara Ângela
Atrasadíssimo, reforço o comentário de Mayrant. E digo mais: seus contos são poemas magnifícios. Olhe-os com mais carinho. Passe um deles para os meninos postarem aqui. Seu sonho já foi realizado. É certo, também, que devemos sempre querer mais. Abr. Carlos Barbosa
Postar um comentário