Guardo os meus pés
Ouço o teu conselho
Guardo os meus pés
E os guardo belamente
na minha sapatilha mais querida
Aquela que enlaça
em laço de rubro cetim
os meus tornozelos
e o meu amor
Aquela que os teus olhos
jamais avistaram
Guardo os meus pés
o meu segredo
o meu amor
e continuo caminhando
sob a luz da lua
E continuo...
Hoje
dou-lhe apenas
os meus mais doces beijos
– remotos embora –
o meu silêncio
e estes pés vestidos
como você nunca viu
Mônica Menezes (1975). Poetisa sergipana radicada em Salvador. Tem poemas publicados na revista Entrelivros n. 5 e na coletânea Concerto lírico a quinze vozes(2004).
4 comentários:
E eu guardo os seus poemas, Mônica, para sempre os ler nesta e, talvez, na outra vida... Abraço, Mayrant.
Belo, Mônica, e instigante, como um hexagrama de I Ching.
Lindo poema, Mônica...
Abraços, Ângela.
Mayrant, Kátia e Ângela, três poetas que admiro muito. Que honra a minha. Que grande honra. Muito obrigada. Obrigada também aos três rapazes responsáveis pelo blog, Georgio Silva, Paulo André e Thiago Lins, pela oportunidade e pelos cuidados para comigo e a minha escrita.
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