Invento a paz: panos brancos nas janelas.
Os burgueses da pensão estranham - canto.
Eu, que nunca cantei.
Atendo no balcão os mortos todos,
procurando achados e perdidos.
E vivo. Eu,
que nunca ousei.
O luto, que cobriu de negro
este quarto, hoje é passado.
Enterrado no quintal dos fundos.
Que as crianças entrem e desarrumem tudo,
rasgando em algazarra meus retratos.
Kátia Borges (1968) é jornalista, poeta e contista. Tem publicado De volta à Caixa de Abelhas (poemas, 2002). Participou das coletâneas Sete cantares de amigos (2003) e Concerto lírico a quinze vozes (2004). Tem poemas e contos publicados na revista Iararana (números 1 e 5). Mais textos da autora no endereço www.mmeka.blogspot.com.
Kátia Borges (1968) é jornalista, poeta e contista. Tem publicado De volta à Caixa de Abelhas (poemas, 2002). Participou das coletâneas Sete cantares de amigos (2003) e Concerto lírico a quinze vozes (2004). Tem poemas e contos publicados na revista Iararana (números 1 e 5). Mais textos da autora no endereço www.mmeka.blogspot.com.
5 comentários:
Um belo e maravilhosamente lírico poema. KB é uma das melhores poetisas do Brasil... Congratulações à revista pela escolha.
Concordo com Mayrant: Kátia Borges é uma das melhores poetisas da contemporaneidade. O lirismo de sua poesia nos reconcilia com a vida...
Parabéns, Kátia, belíssimo poema!
Abraços, Ângela Vilma.
Tão sensível, Kátia, o teu poema. Beijo, Mônica
Adorei!
Beijo.
Que poema LINDO!
Adorei!
Beijos,
Renata
Postar um comentário