quarta-feira, 16 de maio de 2007

Malena

Aí vem Malena

exalando ar de fêmea

por entre as ventanas

que ventam pra mim.

Lá vem maliceira

ungindo a fogueira

na lenha de mim.

Mulher que me avança,

mulher que me acende

me vence, me rende

sou refém de mim.

Malena me doma,

me deita e me chama

na grama e na cama

me toma de mim.

Lá vai a Malena,

mulher tão mulher,

me deixou na cena

de pé tão sem mim.

Me levou no sangue

pra si ou pra gangue

me bebeu na langue:

gozou-se de mim.


Jocenilson Ribeiro (1981) é natural de Jaguaripe – BA. Estudante de Letras Vernáculas da Uefs. Participa de alguns projetos culturais, recitando poemas de autores consagrados e de sua própria autoria.

5 comentários:

Anônimo disse...

Jocenilson, belo poema. Parabéns.

Anônimo disse...

Meu caro, Malena provoca cava prova; Malena mata. Vc foi bem no poema. Parabéns, Abr. Carlos Barbosa

Palatus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Palatus disse...

Marcela, Barbosa, obrigado pelo comentário...Malena nasceu do encontro entre um olhar despretensioso meu e a literatura.
Abraço!

Anônimo disse...

Muito bem, caro poeta!! Gostei. E espero mais. Quando publicar, mande a direção...