Ah, Quintana, viver dia-a-dia cansa, cansa muito.
Cansa porque a gente não sabe nunca se é amado,
ou se tem uma coberta de retalho nos esperando...
Ah, Cecília, como estavas certa!
O amor é mesmo insuficiente.
Tu que vivenciaste tantas perdas,
e em teus mundos costuraste tantas dores,
diante de um grande espelho sem fundo...
Ah, Bandeira, o jeito é tocar um tango argentino.
E rir de tua Antônia, a que parece uma lagarta listada,
E ir mesmo, de fato, direto para Pasárgada.
Ângela Vilma(1967) é poeta, contista e professora. Nasceu em Andaraí-Ba. Aos 22 anos, publicou o seu primeiro livro de poesia, Beira-Vida, ainda morando em Andaraí. Seguindo com Poemas Escritos na Pedra (1994). Participou da coletânea Sete Faces (1996), juntamente com seis poetisas, amigas e colegas da Universidade. No período de 1997 a 1999, foi uma dos coordenadores das publicações literárias do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Feira de Santana. Também participou das coletâneas Concerto lírico a quinze vozes (2004) e Tanta Poesia (2006).
8 comentários:
Muito bacana, Ângela, hoje eu compraria, juro, uma passagem só de ida para Pasárgada.
Tradição (leitura) e talento individual (criatividade), plenamente de acordo com o que T. S. Eliot estabeleceu como princípios inescapáveis para se formar uma grande poesia e um grande poeta...
Ângela é massa!
Ângela Vilma deve ter chegado hoje de sua Pasárgada diamantina. Essa moça é artista verdadeira. "Cada pingo, um pote". Abr. Carlos Barbosa
Ângela, o seu poema é uma prece. Beijos
Ângela,
Nunca escrevi uma poesia. Achava até que não gostava do gênero. Até conhecer você e o trabalho dos meus outros amigos poetas.
Parabéns! Sempre!
Beijos,
Renata
Puxa, fui chegando de uma Pasárgada do passado e encontrei essa homenagem. Obrigada, amigos queridos!
Um abraço, Ângela.
Lendo esse poema fiquei ainda mais com saudades de você !!!
abraços, Hilderlândia
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