1) Por que você escreve?
Escrevo porque escrevo. Não há outra explicação, se esta é uma explicação. Mário de Andrade dizia que o artista é um fatalizado. É o que eu também acho. Ele nasce assim. Não é uma opção: é uma condição.
2) O que gostaria de escrever e por quê?
Eu não gostaria de escrever nada: quero apenas poder continuar escrevendo o que vier. Nunca planejo nem sei o que vou escrever, em literatura (ensaio literário é outra coisa). Em fevereiro deste ano eu pensava que apenas prosseguiria produzindo poemas - e eis que de março para cá escrevi um romance! A vida dos autores é muito cheia desses inconvenientes...
Ruy Espinheira Filho (1942), nascido em Salvador, é autor de mais de 20 livros, divididos em vários gêneros, como poesia, romance, novela, ensaio e crônica. Estreou em 1974, com Heléboro. É professor do Instituto de Letras da UFBA e membro da Academia de Letras na Bahia.
Um comentário:
Ruy como sempre surpreendente. Diz muito mesmo quando pouco pretende dizer. E, de fato, nunca sabemos aonde vamos chegar, nem na arte nem na vida...
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