OS OBJETOS
Os objetos
permanecem claros.
Habita a moldura
uma mulher de faces
cor-de-rosa.
Sobre a mesa de mármore
um cavaleiro de porcelana
saúda as visitas.
A caneta ainda escreve
com a mesma tinta
de um azul levemente melancólico.
Na gaveta, dormindo
sob cartas e poemas,
o revólver aguarda.
Ruy Espinheira Filho (1942), nascido em Salvador, é autor de mais de 20 livros, divididos em vários gêneros, como poesia, romance, novela, conto, crônica e ensaio. Estreou em 1974, com Heléboro. É professor do Instituto de Letras da UFBA e membro da Academia de Letras na Bahia.
Os objetos
permanecem claros.
Habita a moldura
uma mulher de faces
cor-de-rosa.
Sobre a mesa de mármore
um cavaleiro de porcelana
saúda as visitas.
A caneta ainda escreve
com a mesma tinta
de um azul levemente melancólico.
Na gaveta, dormindo
sob cartas e poemas,
o revólver aguarda.
Ruy Espinheira Filho (1942), nascido em Salvador, é autor de mais de 20 livros, divididos em vários gêneros, como poesia, romance, novela, conto, crônica e ensaio. Estreou em 1974, com Heléboro. É professor do Instituto de Letras da UFBA e membro da Academia de Letras na Bahia.
3 comentários:
Belo poema!
Os poemas de Ruy sempre nos remetem a um tempo antigo e profundo, guardado nos objetos e nas coisas que a nossa memória salva. Poesia que emociona.
Esse poema é simplesmente maravilhoso, continue assim cada dia fazendo poemas melhores.
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