A lua
A lua
puta
nasce
nua.
(A velha puta
ainda é dona
da noite suja).
Visita
A casa estava aberta
depois de tantos anos.
O pó sobre os móveis,
lembrança de tua partida.
Já não eras a mãe,
nem a filha.
Considerações a respeito do ato
O nó do laço
e a mesma lua baça.
Paulo André nasceu em 1978. Mora em Conceição do Jacuípe. Graduando em Letras Vernáculas. Co-editor do blog.
3 comentários:
Paulo André, assim como Joaquim Gama de Carvalho, é da linhagem do melhor Oswald: aquele que poucos conhecem e admiram e que, não por acaso, não se gasta, não envelhece. "Visita" é diamente lapidado!
Paulo,
Muito bons os poemas, porém a "lua" me pegou. Por que 'diabos'? Não sei...Talvez tenha sido "a velha puta", nunca a puta velha.rsrsrs.
Abraço,
Jocenilson
"Visita" é mesmo obra-prima.
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