sexta-feira, 13 de julho de 2007

RÉPLICA AO POETA

Não, não aceito
Não quero pra mim
essa poesia embalsamada
Não quero pra mim
essa arte empalhada

Poesia é fome
É a boca seca de paixão
É o sangue ebulindo-se nas veias
É o corpo consumido de tesão

Morremos?
Sim
Todo dia
E o que deixamos de nós
é a poesia

MÔNICA MENEZES. Poetisa sergipana radicada em Salvador. Este poema propõe um diálogo (conseqüentemente uma variação de ponto de vista) com o poema Morremos todos, de Mayrant Gallo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ah, que "briga" boa... (Quem fará a tréplica?) Adorei, Mônica, lindo poema. Um abraço, Ângela.

aeronauta disse...

Poesia: morte e vida no mesmo lado da moeda...

Senhorita B. disse...

Briga de gigantes! Parabéns, Mônica!
Bjos,
Renata

Kátia Borges disse...

Bacana, belo poema de Mônica.