Vejo tudo muito bem - e é por isso mesmo que, confusa e infantil e impermanente, agora quero ver tudo embaçado. A verdade passa pelo meu campo de visão e aprendi a friamente fingir não vê-la - antes de saber-me pequena eu até piscava e sorria para ela; desfoco tudo e apenas sinto o amargo da minha própria estupidez, e sou eu mesma a imagem perfeita dos limites da alma, a pessoa presa num muro alto de miopia autoconsciente e infeliz.
KATHERINE FUNKE, 25 anos, é jornalista profissional e aspirante a escritora e compositora. Nasceu em Joinville (SC) e mora em Salvador desde 2003. Colaborou em jornais catarinenses, trabalhou no Correio da Bahia e agora é repórter da editoria Salvador & Região Metropolitana do A Tarde. Mantém o blog http://notasminimas.blogspot.com .
3 comentários:
Bacanas os textos de Katherine, sempre curtos e intensos.
Eu tb gosto de muitos, mas esse foi um dos que mais me tocou. Fingir não ver a verdade é, às vezes, minha única saída.
Katherine,
Gostei muito desse teu texto! Parabéns!
Grande beijo,
Renata
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