"...que a boa fortuna ou uma bramura, um estúrdio...um vaqueiro velho fuça dos longes... e pra toda boa-ventura, pra todo conforto de alegria, hai um arrasamento de peso igual, talequal...pra toda roça, hai um formigueiro... e pra toda paragem de sertão, hai uma seca desacertada e infeliz..." .
"... que o doutor é de vera um homem que possui estudos e possui diplomas mas não possui pra si uma verdade. É que o coração de um vaqueiro é um bicho que possui as vontades dele. Ele vive, esse um bicho, é grudado nos dentros dos peitos da gente; é feito um miúdo nosso mas não é; ele é um criaturo de opiniões dele que em quando quer um desejo é qual uma rês teimosa que ninguém não dobra; é o coração do vaqueiro. A gente quer pra uma banda, ciente do certo; do viável; e o coração aposta nos impossíveis, no difícil da volta grande... nos idos contra o homem... que é assim o coração; que é gostador dos perigos e dos confusos decididos..."
DÊNISSON PADILHA FILHO (1971) é escritor, poeta, contista e roteirista. Autor dos livros Gavihomem (Art Compet Editora, 1998) e Aboios Celestes (Selo Bahia, Funceb, 199). Co-autor do roteiro do curta-metragem Na Terra do Sol (MINC, 2005), dirigido pelo cineasta Lula Oliveira. Também escreveu os ainda inéditos Epístolas ao Tempo (romance), Loquazes Gostamentos (poemas), Calumbi (curta-metragem/cinema) e O Jokerman sentado na pedra fria (curta-metragem/vídeo). Os trechos acima foram extraídos do romance Carmina e os Vaqueiros do Pequi (Santa Luzia Editora, 2002)
Um comentário:
tava demorando, cavaleiro!
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